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domingo, 28 de março de 2010

Quem tem boca VAI ou VAIA Alexânia?

QUEM TEM BOCA VAI A ROMA OU VAIA ROMA?

ROMA NÃO PRECISA SER VAIADA, ALIÁS EM CERTOS PONTOS ELA PRECISA É SER RECONHECIDA E APLAUDIDA

Cunhamos as línguas sob a ilusão de que poderíamos, pela palavra, sobrepujar e esculpir a realidade. Algo, no entanto, deu errado. Não só a realidade se opôs à nossa pretensão de domínio pleno como os próprios idiomas se revelaram incontroláveis, seguindo caminhos tortuosos que muitas vezes flertam e se distorcem. É o que demonstra o recém-lançado Dicionário de Expressões Coloquiais Brasileiras, do professor carioca Nélson Cunha Mello, o mesmo explica que a expressão que se segue: "quem tem boca vai a Roma" decorre de "quem tem boca vaia Roma", Ou seja, Esta frase quereria então dizer que quem sabe falar insulta o poder, ou melhor, que o indivíduo que domina a palavra, porque a domina, insulta o símbolo do poder ou da Igreja, pois a boca significa a capacidade de falar, de perguntar, de comunicar; o verbo ir tem que ver com o percurso, a caminhada, significando passar de um lugar a outro, deslocar-se, mas também evoluir, progredir; Roma fora, a capital, a cidade mais importante do mundo conhecido dos europeus, mas uma cidade que ficava longe, sob o ponto de vista dos mais remotos territórios que constituíam o vasto império, e, por outro lado, esta é a cidade cabeça da Igreja Católica, traduz a própria Igreja, o seu governo, o papado, significando para os católicos o que de melhor existe e que se procura alcançar. Chegar a Roma poderá ser difícil, mas quem tem a capacidade de falar ultrapassará os obstáculos e alcançará o que pretende: conseguirá chegar longe, até conseguirá chegar a Roma. Enfim e quanto a Alexânia, localizada ás margens da BR-060, cidadezinha do interior de Goiás, próxima a Brasília uns 80 km, segundo estimativa do *IBGE (20.706 habitantes para 2009), quem vai ou vaia Alexânia é os que por aqui não ficam e não deixam suas riquezas pois em pleno século 21 ainda não possui uma REDE DE ESGOTO COMPLETA, ao contrario dos Romanos que guiados pelo bom senso, deram grande importância aos cuidados sanitários e de higiene. Havia um sistema de esgotos na cidade de Roma que não foi ultrapassado por qualquer sistema semelhante no mundo todo, até o século XIX. Criado por (Lucumón Tarquínio Prisco, "o velho" – Quinto rei romano [580 - 514 a. C.] que o concluiu no ano em que morreu 514 a.C). Com uma galeria com 740 m de extensão e diâmetro equivalente de até 4,30m, de pedras arrumadas, denominada de Cloaca Máxima, para drenagem do solo encharcado aos pés da colina do Capitólio e esvaziando no Tibre. Além de privadas nas casas, havia sanitários públicos, alguns deles muito luxuosos, todos equipados com água corrente. É de vaia ou de chorar? A própria História nos alerta e nos deixa perplexos diante de tal descaso com a população, que mercê dos “problemas” internos da prefeitura, fica ai, desprovida de seus “Imperador (es) ou Imperatriz (es)” que de Romanos eles só herdaram a cultura, e olha lá!

Por: Cristiano Castilho.

Alexânia 28 de Março de 2010.