17% já foram vítimas de cyberbullying no mínimo uma vez.
13% foram insultados pelo celular.
87% restantes por textos e imagens enviados por e-mail ou via sites de relacionamento.
(Pesquisa – ONG Plan com 5 mil estudantes brasileiros de 10 a 14 anos)
Na matéria publicada pela revista NOVA ESCOLA de junho/julho de 2010, revela que, na maioria dos casos de Cyberbullying existe:
Relações entre a vítima, o agressor e o espectador.
No espaço virtual, os xingamentos e as provocações estão permanentemente atormentando as vítimas. Antes, o constrangimento ficava restrito aos momentos de convívio dentro da escola. Agora é o tempo todo.
Os jovens utilizam cada vez mais ferramentas de internet e de troca de mensagens via celular – e muitas vezes se expõem mais do que devem.
A tecnologia permite que, em alguns casos, seja muito difícil identificar o(s) agressor(es), o que aumenta a sensação de impotência.
Já existe em alguns jogos de ação ou Rpg online, recursos de comunicação por voz e texto , que permitem que você escute e veja games usando vários tipos de palavrões.
Xingamentos em games não é o único exemplo de mau comportamento na Internet. Existe uma nova epidemia, generalizada, conhecida como cyberbullying. O Bullying por si só trata da discriminação na escola, na sociedade etc., seja por religião, cor ou diversos aspectos o cyberbullying no caso seria uma adaptação dessas pratica discriminativa só que na internet, Uma pesquisa da Pew Research informou, em 2007, que 32% dos adolescentes tinham sido vítimas do cyberbullying [fonte: CNN.com].
A stopcyberbullying.org define o cyberbullying como "o ataque de uma pessoa a outra com o uso de tecnologias interativas", que podem incluir jogos online, e-mails, telefones celulares, mensagens de texto e outros dispositivos eletrônicos [fonte: stopcyberbullying.org]. O cyberbullying se baseia em, ameaças de morte, envio de vírus, acesso a contas de e-mail, interrupção quanto a participação de uma pessoa em um jogo online, constrangimento na internet e em redes sociais O cyberbullying possui termos associados, vamos analisar aqui alguns dos mais importantes.
O cyberbullying praticado na internet se diferencia do feito no colégio pelo fato de que na internet, podem ate hackear um pagina pessoal, detonar no sentido de esculachar e denegrir a imagem, pode também fazer montagens em fotos – e na maioria das vezes não se sabe quem foi. É o tal do anonimato. Diante disso uma pesquisa mostrou que menos de 30% das vítimas sabem quem são os seus cyberbullies…
Alguns passos podem ajudar as vitimas:
Não reagir as ofensas;
Interromper a comunicação;
Salvar todos os comentários ou mensagens maldosas com PRINT SCREEN com data e hora;
Denunciar sempre aos órgãos responsáveis e ao próprio site.
E vale lembrar que qualquer tipo de agressão pela Internet é muito grave, porque muitas vezes as pessoas atacadas nem sabem o que está acontecendo, e quando vêm a descobrir, seu nome, fotos e até vídeos já estão por toda a rede. E às vezes quem pratica agressão não tem ideia do dano causado.
PESQUISA EM PAISES EUROPEUS REVELA UMA ASSUSTADORA REALIDADE
Segundo o inquérito (EU KIDS ONLINE – UNIÃO EUROPEIA CRIANÇAS ONLINE) Foi entrevistada uma amostra aleatória estratificada de 25.142 crianças, com idades entre os 9 e os 16 anos, utilizadoras da internet, na Primavera/Verão de 2010 em 25 países europeus.
O inquérito investigou alguns riscos online fundamentais:
Pornografia;
Cyber-bullying;
receber mensagens de cunho sexual;
contatar com pessoas desconhecidas;
encontros com pessoas que se conheceu pela internet;
conteúdos potencialmente nocivos criados por utilizadores e abuso de dados pessoais.
USOS E ATIVIDADES ONLINE
O uso da internet está totalmente integrado na vida quotidiana das crianças. O relatório revela que, 93% dos utilizadores dos 9 aos 16 anos acedem pelo menos uma vez por semana (60% usam todos os dias ou quase todos os dias).
Outros dados são que as crianças estão começando a usar a internet cada vez mais novas – a média de idades do primeiro uso da internet é de sete anos na Dinamarca e na Suécia e de oito em outros países do Norte da Europa.
Em todos os países, um terço das crianças com 9 ou 10 anos que usam a internet fazem-no diariamente, o que aumenta para os 80% entre os jovens com 15 ou 16 anos.
A internet é mais usada em casa (87%), seguindo-se a escola (63%). Mas o acesso à internet está-se a diversificar – 49% usam-na no seu quarto e 33% através de um telemóvel (iPod, iPhone, Celular, etc.) ou outro dispositivo móvel.
O acesso por dispositivos móveis ultrapassa um em cinco casos na Noruega, Reino Unido, Irlanda e Suécia, outro fato é que as crianças têm muitas atividades online, potencialmente favoráveis: as crianças dos 9 aos 16 anos usam a internet para o trabalho escolar (85%); jogam (83%); veem clips de vídeo (76%); e trocam mensagens instantâneas (62%). São menos as que publicam imagens (39%) ou que partilham mensagens (31%), as que usam uma webcam (31%), sites de partilha de ficheiros (16%) ou blogues (11%).
Já 59% das crianças dos 9 aos 16 anos têm um perfil numa rede social – incluindo 26% com 9 ou 10 anos, 49% dos que têm 11 ou 12 anos, 73% dos de 13 ou 14 anos e 82% dos 15 ou 16 anos. As redes sociais são mais populares na Holanda (80%), Lituânia (76%) e Dinamarca (75%); e menos na Roménia (46%), Turquia (49%) e Alemanha (51%).
Entre os utilizadores de redes sociais, 26% têm perfis públicos – mais na Hungria (55%), Turquia (46%) e Roménia (44%); 29% têm mais de 100 contatos, embora muitos tenham menos. 43% têm perfis privados de forma a que só os seus amigos possam vê-los, e outros 28% declaram que o seu perfil é parcialmente privado de modo a que os amigos de amigos ou redes possam também vê-lo. Note-se que 26% referem que o seu perfil é público e que qualquer pessoa o pode ver.
COMPETÊNCIAS DIGITAIS
O uso diário e competente só tem a facilitar a interação digital e as competências de segurança o modelo disso é que um terço das crianças com 9 a 16 anos (36%) diz que a afirmação “Eu sei mais sobre a internet do que os meus pais” é ‘muito verdadeira’, um terço (31%) diz que é ‘algo verdadeira’ e um terço (33%) diz que ‘não é verdadeira’ no seu caso, já as crianças mais novas tendem a ter falta de competências e confiança. Contudo, a maioria dos jovens com 11 a 16 anos consegue bloquear mensagens de pessoas que não desejam contatar (64%) ou encontrar conselhos de segurança online (64%). Cerca de metade consegue alterar as definições de privacidade num perfil de rede social (56%), comparar websites para avaliar a sua qualidade (56%) ou bloquear spam (51%).
CONHECIMENTO DOS PAIS
Os pais de crianças que já viveram um dos riscos apontados não se apercebem frequentemente disso:
40% dos pais cujos filhos já viram imagens sexuais online afirmam que eles não as viram;
56% dos pais cujos filhos receberam mensagens desagradáveis ou prejudiciais online respondem que eles não as receberam;
52% dos pais de crianças que receberam mensagens sexuais declaram que elas não as receberam;
61% dos pais cujas crianças se encontraram offline com um contato online desconhecem esse facto.
Ainda que a incidência destes riscos afete um pequeno número de crianças em cada caso, destaca-se o elevado nível de desconhecimento dos pais.
QUE COISAS NA INTERNET PODEM INCOMODAR PESSOAS DA TUA IDADE?
Depoimentos:
“O excesso de violência, de pornografia, de produtos comerciais totalmente incomodativos e penso que a União Europeia devia usar o seu poder a nível informático para bloquear sites que todos nós conhecemos onde podemos encontrar estes conteúdos.” (adolescente, 15 anos)
“Nas minhas redes sociais aparecer uma pessoa que eu não conheço a falar comigo e ameaçarem-me ou também adicionarem como amigo sem saberem quem eu sou, só me adicionarem só por conhecerem um amigo meu por exemplo, mas não quer dizer que seja só isto que me incomoda.” (menina, 10 anos)
* OBS. Estes depoimentos são de crianças europeia que participaram da pesquisa
Fonte: disponível em: < http://www.fcsh.unl.pt/eukidsonline/ > acesso em: 21 de março de 2011.